Presente... MÁRIO SOUTO MAIOR
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Conheci Mário Souto Maior em 1976 ,
no curso de Especialização em Pesquisa Folclórica,
pelo, então, Instituto Joaquim Nabuco
de Pesquisas Sociais , hoje FUNDAJ
e, ainda, cursando Ciências Sociais na UFPE.
Folclore sempre tão próximo,
afinal presente no meu dia a dia,
mas visto, sob o prisma de pesquisadora,
talvez, mais encantador se tornou.
Fazer parte
da série micromonografia de Folclore,
produzida no período de 1976 a 2004,
pela FUNDAJ foi, e ainda é, uma alegria.
E foram 9 trabalhos:
Superstições do futebol (n° 50-51 - 1978)
O papa na literatura de cordel (n° 101 - 1981)
Natal (n° 117 - 1981)
Algumas cantigas de roda (n°136 - 1983)
Correntes (n°143 - 1984)
Parlendas na Guabiraba (n° 252 - 1998)
Folclore e livro didático (n° 265 - 1999)
Seca, cordel e folclore (n° 280 - 2000)
Folcloreando na escola (n° 288 - 2001)
Motivada pela série
que professor Mário estava escrevendo
sobre brasileiros/as - Um menino chamado... -
e, também, querendo homenageá-lo pelos
80 anos de vida escrevi o
Mário Souto Maior e as crianças,
trazendo um pouco da sua biografia,
para uma feira de conhecimentos ficcional em cujas personagens, crianças reais e amadas.
O lançamento do livro
Mário Souto Maior e as crianças,
teve a presença do biografado
e aconteceu na Casa da Amizade das Senhoras
dos Rotarianos do Recife,
no dia 30/07/2001.
Naquela ocasião,
professor Mário foi homenageado
e contou histórias sobre o folclore.
Prof° Mário, eu, Edvaldo e sra. Hélia Lins |
Eu, Sthella, Rodrigo e prof° Mário |
Em 15/11/2001,
publiquei no site www.usinadeletras.com.br
o poema a seguir:
PROFESSOR
Thelma Regina Siqueira Linhares
Cabra da peste
Que nasceu nordestino
De muitos nomes próprios
E, muito mais, palavrões.
Com receitas de comes e bebes
E de cachaças.
Para festejar o ano inteiro.
Segue pesquisando
e (in)formando gerações.
MÁRIO SOUTO
MAIOR no folclore.
MAIOR na simplicidade.
Também no site www.usinadeletras.com.br com publicação em 24/08/2002, o texto 22 de agosto.
22 de agosto
Thelma Regina Siqueira Linhares
Além de rimar com desgosto, o mês de Agosto traz em seus dias a comemoração do Dia Mundial do Folclore. Precisamente, o dia 22. Data dedicada a tudo que traduz “o pensar, sentir e agir de um povo” como tão definitivamente definiu Luís da Câmara Cascudo, o mais completo folclorista brasileiro.
O vocábulo Folclore foi criado em 1846, pelo antropólogo inglês William John Thoms. Mas, muito tempo atrás, ainda na Antiguidade, escritores, pensadores e filósofos atentaram para alguns fatos folclóricos dedicando-lhes estudos e importâncias na construção do conhecimento de povos, culturas e civilizações.
A vivência do Folclore há muito retrocede no tempo. Talvez, àquele exato momento em que os primeiros seres humanos se definiram como tal, na linha divisória com os outros primatas. Observando a natureza, buscando a sobrevivência da espécie, dando identidade própria a determinado grupo social, enfim, promovendo aprendizagens e socializando conhecimentos incorporados às tradições e transmitidas oralmente através das gerações.
À tradição e à oralidade, junta-se o anonimato e a funcionalidade do fato para torná-lo folclórico. Do contrário, apenas um fato popular ou pitoresco.
E como é variado o leque dos fatos folclóricos! Cantigas de ninar e acalanto. Cantigas de roda. Histórias da carochinha, lendas e mitos. Brinquedos e brincadeiras populares. Ditados populares, provérbios, frases de pára-choques de caminhão. Parlendas, trava-línguas. Adivinhações, crendices e superstições. Comidas e bebidas típicas. Tipos populares. Artesanato. Medicina popular. Entre tantos.
E tem fato folclórico para todo gosto e idade.
Ainda no ventre da mãe, adivinhações e crendices buscam a identificação do sexo do feto. Ao nascer, braços carinhosos, solícitos e cuidadosos protegem o bebê que cresce e vai se apropriando da cultura em que está inserido. Pela transmissão. Pela oralidade. Pela tradição.
Na creche ou na escola se acelera a socialização infantil. As brincadeiras e cantigas de roda, as parlendas, as histórias da carochinha, etc. povoam a imaginação, exercitam à criatividade, ampliam vocabulário. Na infância e adolescência, brincadeiras populares, folguedos, crendices e superstições. Na idade adulta e velhice, comidas e bebidas típicas, crendices... E a história se repetindo, se reinventando, se reescrevendo.
22 de Agosto.
Bela data para rever valores. Inclusive, ocasião para reverter preconceitos de considerar Folclore uma ciência de menor importância para a humanidade. Neil Armstrong ao deixar sua pegada no solo lunar citou ser aquele “um grande passo para a humanidade” e lá ficou a marca do seu pé direito... para dar sorte, com certeza!
22 de Agosto.
Também é data de lembranças. Da festa do Folclore na FUNDAJ, tendo por anfitrião o folclorista Mário Souto Maior. Encontro de amigos. Socialização de saberes. Comes e bebes autenticamente nordestinos...
22 de Agosto.
Viva o Folclore!
Hoje, aqui no blog, comemorando o 14 de julho.
Dia de Mário Boaventura Souto Maior
* Bom Jardim/PE, 14/07/1920
+ Recife/PE, 25/11/2001
Sites sobre Mário Souto Maior:
Cordeis sobre o folclorista pernambucano:
Vídeos sobre Mário Souto Maior:
Um comentário:
Em tempo: No poema PROFESSOR, as palavras em negrito se referem a títulos de livros do folclorista Mário Souto Maior: Assim nasce um cabra da peste; Nomes próprios pouco comuns; Dicionário do palavrão e termos afins; Comes e bebes do Nordeste e Dicionário folclórico da cachaça.
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