Brincar com sons
Juntar letras
Formar palavras
Descobrir a sonoridade e o nome de tudo
Que está no mundo
nas coisas
no pensamento.
Ler é tão bom!
Poder viajar
Conhecer mundos de ontem
de hoje
de amanhã.
Imaginar.
Criar.
Sonhar.
A leitura permite isso e muito mais
Pois ler é tão bom!
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
GUIRLANDA, um enfeite natalino que se populariza no Brasil
GUIRLANDA,
um enfeite natalino que se populariza no Brasil
Thelma Regina Siqueira Linhares
É consenso considerar o Natal como festa universal e simbólica do nascimento do Menino-Jesus, ocorrido há mais de dois milênios, em Belém. Consenso, também, que tal fato divide o tempo histórico da humanidade em AC e DC – antes de Cristo e depois de Cristo, respectivamente. Independentemente de fé e religião, o Natal, vem ao longo dos séculos, incorporando símbolos, pagãos e profanos, anteriores, inclusive, ao próprio fato do nascimento do Menino-Deus e criação do cristianismo. É um ciclo – o Ciclo Natalino – com características próprias que se reflete nas tradições folclóricas, populares e clássicas. Símbolos natalinos diversos combinam-se para dar especificidade ao período, que cada vez mais se estica, apoiado pela mídia e pelo marketing e estimulando o comércio, cujas vendas são as melhores do ano.
A guirlanda é um desses símbolos cada vez mais presente na decoração natalina do Brasil. O cinema americano aparece como grande responsável pela sua popularização no mundo cristão ocidental, a partir da segunda metade do século XX. Decorar a porta da frente, do lado de fora, com guirlanda, principalmente se tiver sido presenteada, é atrair bons fluídos, pois se trata de um adorno de “chamamento” de boas-vindas. É tudo de bom!
Em português, a guirlanda recebe várias denominações. Segundo o dicionário Houaiss, é grinalda “coroa de flores”. Festão ornamental feito de flores, frutas e/ou ramagens entrelaçadas. Para grinalda oferece outros nomes: capela, coroa, diadema, estema, guirnalda, láurea, lauríola, louro e pancárpia.
A guirlanda pode ser confeccionada por muitos materiais. Cipós, fitas, plásticos, palhas secas, bombons, chocolates são algumas versões profanas popularizadas. Industriais ou artesanalmente feitas. Material reciclado, igualmente, vem ganhando terreno na confecção de guirlandas no Brasil. Também, ilustram cartões e transformam-se em adereços e enfeites de árvores de natal.
Tradicionalmente nos países nórdicos, a guirlanda é uma mandala (cujo círculo lembra que a vida é um ciclo de nascimento à morte) coberta por folhagens (de heras, pinheiros ou azevinhos que oferecem proteção no inverno gelado, afugentando a má-sorte e agouros). Uma fita vermelha (representando o amor de Deus pela humanidade) e as velas acesas (a fé e a alegria) completam a guirlanda ou Coroa de Avezinha.
A guirlanda ou Coroa do Advento, considerando-se seu aspecto religioso, é um dos mais significativos símbolos natalinos, pois anuncia a boa-nova no Advento - preparando para o Natal - momento de reflexão, de busca do perdão, para vivenciar o Amor e a Paz pregados por Jesus Cristo, nas religiões cristãs. Nessa guirlanda, há quatro velas. A cada domingo de dezembro, uma é acesa, numa atitude de preparação para o grande acontecimento.
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Artigos-->GUIRLANDA, um enfeite natalino que se populariza no Brasil -- 18/12/2005 - 22:46 (Thelma Regina Siqueira Linhares)
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
TRADIÇÕES NATALINAS
Thelma Regina Siqueira Linhares
As comemorações natalinas e de fim-de-ano no planeta Terra têm traços comuns. Comemoram o nascimento de Jesus Cristo, iniciando uma nova contagem de tempo – o AC e DC (antes e depois de Cristo). Mesmo os povos e cultura não-cristãs, têm de certa forma, essa influência, pois na Idade Média, com as Cruzadas e as Descobertas Marítimas, a fé cristã foi se globalizando, imposta pelos conquistadores, em especial, portugueses, espanhóis e ingleses. E, as de fim-de-ano, referem-se à passagem para um novo ano civil, mundialmente aceito, embora convivendo com outros rituais e contagens de tempo, como por exemplo, entre os judeus e chineses, que já passaram do ano 5000... Anteriormente, o ano se iniciava em 1º de abril, hoje o dia Universal da Mentira, quando o calendário gregoriano
passou a ser adotado.
O presépio, representando o nascimento de Jesus Cristo, é atribuído a São Francisco de Assis. Hoje, materiais diversos (barro, madeira, pedra, palha, massa, plástico, etc,) dão vida à cena de Belém, com forte influência da descrição bíblica, adotada pela Igreja Católica.
As árvores de natal são atribuídas a Lutero ou Calvino, que teria iluminado um pinheiro, numa fria noite de Natal, do inverno europeu. Anteriormente, outros povos enfeitavam árvores diversas para outras comemorações, festejar colheitas, por exemplo. Aqui, também, a diversidade de materiais, embora os pinheiros artificiais industrializados sejam os mais freqüentes. Luzes, bolas coloridas, laços, correntes, presentinhos e uma diversidade de enfeites. Parece que quanto mais enfeitada, mais bonita a árvore. Fica longe no tempo, aquela árvore de natal, improvisada com galhos de árvore, pintada ou, simplesmente recoberta com algodão, à semelhança de neve, em nosso país tropical...
O Papai Noel, como se apresenta aqui no Brasil, é totalmente importado dos Estados Unidos. Teria sido apresentado na década de 30, do século passado, fincando raízes cada vez mais profundas, nas tradições natalinas. O comércio, a propaganda e, com certeza, as tropas americanas, que fizeram base no
Rio Grande do Norte, durante
Rio Grande do Norte, durante
a II Guerra Mundial, devem ter contribuído bastante para sua popularização. Embora a sua origem seja relacionada a São Klaus ou São Nicolau e diferentes culturas e povos deêm diferentes traços e caracterizações (negro, olhos puxados, roupas diferentes).
A troca de presentes, especialmente, do amigo secreto, oculto ou presente, ganha espaço cada vez maior, na família e no ambiente de trabalho, por questões econômicas, talvez.
Os cartões natalinos, igualmente passam por mudanças: torpedos de celulares, cartões virtuais são usados.
A ceia de natal, também, passa por modificações e influências. Convivendo com o peru, há o chester, os pratos frios, o bacalhau. E o panetone, cada vez mais presente nos lares brasileiros. Independente da fartura da mesa, famílias há com suas receitas natalinas tradicionais e,
algumas vezes, secretas.
Algumas tradições folclóricas ou populares próprias do ciclo natalino, às vezes, nas últimas décadas, a ele transcendem. Para turista ver. Para incorporar um fora de época, a exemplo, de carnavais fora de época, no país inteiro... Pastoris, folias de reis, etc.
As superstições e crendicesdiversas são um capítulo à parte dos festejos natalinos e de fim-de-ano. Para renovar, trazer paz, saúde, dinheiro, enfim, o sonho maior que se quer ver concretizar nos próximos 365 dias. Cores, roupas, banhos, comidas, falares, rituais, individuais ou coletivos, que são incentivados pela mídia, principalmente.
Conclusões:
Inegavelmente, a mídia (em especial, tv, revistas, propagandas e cinema) tem um papel importantíssimo na divulgação de informações culturais
O comércio, especialmente, os shoppings, têm um papel marcante nisso, também. Decoram-se, no mês de novembro e, muitas vezes, usam e abusam do tema, com coisas que não tem muito a ver com a essência do ciclo natalino. Por exemplo, ursos, doendes, famílias de papai noel, etc.
Valores e costumes diferentes, questões financeiras e sócio-educativas que resultam na grande desigualdade social do Brasil e a globalização possibilitam que as tradições natalinas, assumam peculiaridades nos natais da atualidade. Refletindo nossas origens multiraciais e multiculturais. Tradições natalinas, sim. Embora mutantes e mutáveis.
www.usinadeletras.com.br Ensaios-->Tradições Natalinas -- 30/10/2004
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domingo, 14 de dezembro de 2014
SÓ UM CONTO DE NATAL
SÓ UM CONTO DE NATAL
Thelma Regina Siqueira Linhares
Já tinha ouvido falar de Natal. De um tal Menino Jesus, pobrezinho, que nasceu há muito tempo, num lugar longe, mas de nome bonito – Belém. Tinha pai e mãe. Ganhou presentes de pastores e reis. Teve anjos e animais por companhia.
Mas, hoje, quem aparece mesmo é o Papai Noel. Não sei como ele agüenta aquela roupa vermelha e quente. Bem que poderia fazer a barba e cortar os cabelos. Afinal, já é bem velhinho pra chamar tanta atenção... o bom é que ele tem um saco cheinho de presentes e que atende sempre aos pedidos das crianças. Sempre, não. Quase sempre. Pois presente de criança pobre corre o risco de ser trocado de última hora. Nunca vem na quantidade pedida ou é radicalmente substituído no conteúdo. Isso, quando não passa batido...
Thelma Regina Siqueira Linhares
Já tinha ouvido falar de Natal. De um tal Menino Jesus, pobrezinho, que nasceu há muito tempo, num lugar longe, mas de nome bonito – Belém. Tinha pai e mãe. Ganhou presentes de pastores e reis. Teve anjos e animais por companhia.
Mas, hoje, quem aparece mesmo é o Papai Noel. Não sei como ele agüenta aquela roupa vermelha e quente. Bem que poderia fazer a barba e cortar os cabelos. Afinal, já é bem velhinho pra chamar tanta atenção... o bom é que ele tem um saco cheinho de presentes e que atende sempre aos pedidos das crianças. Sempre, não. Quase sempre. Pois presente de criança pobre corre o risco de ser trocado de última hora. Nunca vem na quantidade pedida ou é radicalmente substituído no conteúdo. Isso, quando não passa batido...
E o Natal estava chegando.
Percebia, aos poucos, as ruas, praças, lojas e casas se transformando. Árvores enfeitadas por bolas coloridas, laços e fitas. Sinos. Velas. Presépios. E luzes. Muitas luzes. E o vai-e-vem de gente cada vez mais carregada de pacotes.
Só a minha rotina parecia não mudar. Continuando na rua com o grupo de iguais. Não obedecendo limites sociais. Fazendo quase tudo que dava na telha. Morcegando ônibus. Chutando portão. Brigando por um pão ou pela cola. Pedindo dez centavos nos sinais. Dormindo ao relento... Voltar pra casa, nem pensar.
Então, chegou a véspera do Natal. Drogado, sofri um atropelamento de moto e fui parar num hospital público. Passei por uma cirurgia na perna. Na enfermaria, convalescendo, fiquei com outras crianças, em plena noite de Natal. Ainda groge da anestesia e da cola, com certeza, vi quando ele se aproximou. Achei que era um anjo. Gordinho, cabelos encaracolados e com um pacotinho nas mãos. Ele me entregou e desejou Feliz Natal. Nem agradeci. Abri o pacote e vi um carro vermelho. Lindo!
Só mais tarde é que entendi que o Feliz Natal, na verdade, foi a chance de continuar vivo e poder recomeçar.
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domingo, 7 de dezembro de 2014
No jardim lá de casa / Thelma Regina Siqueira Linhares
http://thelmaregina.blogspot.com.br/2014/12/no-jardim-la-de-casa-thelma-regina.html
No jardim lá de casa
é o meu novo livro de poemas. Ainda inédito.
No jardim lá de casa...
Thelma Regina Siqueira Linhares
No jardim lá de casa
também é possível aprender
que natureza é vida.
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No jardim lá de casa
sábado, 11 de outubro de 2014
Lavadeiras do Jequitinhonha - Projeto Cantos de Trabalho
Que lindo! Aflorando sensibilidades, lembrei de Maria Pereira, lavadeira em Fortaleza na década de 1960. E, ainda dos versos de Manuel Bandeira, Evocação do Recife:
"Foi há muito tempo...
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil"
Tanta coisa linda que acontece no Brasil, que não se dá importância devida e nem se divulga...
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Memórias Socializadas - Infoescola na EMSC em 2000
A Escola Municipal São Cristóvão integra a rede municipal da cidade do Recife/PE e está localizada na Rua da Cassiterita, 395, bairro Brejo da Guabiraba, na RPA 3.
Em 2000, em cerimônia solene, foi inaugurado o laboratório de informática da Escola. Para tal, foi divulgado o convite abaixo, aqui compartilhado.
Em 2000, em cerimônia solene, foi inaugurado o laboratório de informática da Escola. Para tal, foi divulgado o convite abaixo, aqui compartilhado.
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quinta-feira, 26 de junho de 2014
Caos Climático / Graça Graúna
(...) a memória das Águas
o grito da Terra(...) |
Caos climático
Graça Graúna
É temerário descartar
a memória das Águas
o grito da Terra
o chamado do Fogo
o clamor do Ar.
As folhas secas rangem sob os nossos pés.
Na ressonância o elo da nossa dor
em meio ao caos
a pavorosa imagem
de que somos capazes de expor
a nossa ganância
até não mais ouvir
nem mais chorar
nem meditar,
nem cantar...
só ganância, mais nada.
É temerário descartar
a memória das Águas
o grito da Terra
o chamado do Fogo
o clamor do Ar.
Graça Graúna (Maria das Graças Ferreira) |
http://rebra.org/escritora/escritora_ptbr.php?id=1035
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PROJETO on line POESIA quase TODO DIA
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Candido Portinari
Passa como um passarinho muito raro. |
Poesia não é coisa que fica, não.
Poesia é coisa que vem e passa.
Passa como um passarinho muito raro.
Passa depressa.
A gente vai querer segurar,
ele voa e vai-se embora.
Hoje, quando eu estava pintando o braço de São Francisco, ali perto da cabeça dele, eu senti um – viup – um raspão de poesia.
Candido Portinari
http://www.portinari.org.br/#/acervo/obra/2474 |
http://www.portinari.org.br/#/pagina/candido-portinari/apresentacao |
Candido Torquato Portinari
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sexta-feira, 30 de maio de 2014
Eu quero / Patativa do Assaré
EU QUERO
Patativa do Assaré
Quero um chefe brasileiro
Fiel, firme e justiceiro
Capaz de nos proteger
Que do campo até à rua
O povo todo possua
O direito de viver
Quero paz e liberdade
Sossego e fraternidade
Na nossa pátria natal
Desde a cidade ao deserto
Quero o operário liberto
Da exploração patronal
Quero ver do Sul ao Norte
O nosso caboclo forte
Trocar a casa de palha
Por confortável guarida
Quero a terra dividida
Para quem nela trabalha
Eu quero o agregado isento
Do terrível sofrimento
Do maldito cativeiro
Quero ver o meu país
Rico, ditoso e feliz
Livre do jugo estrangeiro
A bem do nosso progresso
Quero o apoio do Congresso
Sobre uma reforma agrária
Que venha por sua vez
Libertar o camponês
Da situação precária
Finalmemte, meus senhores,
Quero ouvir entre os primores
Debaixo do céu de anil
As mais sonoras notas
Dos cantos dos patriotas
Cantando a paz do Brasil.
http://www.fisica.ufpb.br/~romero/port/ga_pa.htm#Euqu
Antônio Gonçalves da Silva conhecido como Patativa de Assaré
* 1909 + 2002
Poemas: Caboclo roceiro e Menino de rua
Caboclo rocero
Patativa Assaré
Caboclo Roceiro, das plaga do Norte
Que vive sem sorte, sem terra e sem lar,
A tua desdita é tristonho que canto,
Se escuto o meu pranto me ponho a chorar
Ninguém te oferece um feliz lenitivo
És rude e cativo, não tens liberdade.
A roça é teu mundo e também tua escola.
Teu braço é a mola que move a cidade
De noite tu vives na tua palhoça
De dia na roça de enxada na mão
Julgando que Deus é um pai vingativo,
Não vês o motivo da tua opressão
Tu pensas, amigo, que a vida que levas
De dores e trevas debaixo da cruz
E as crides constantes, quais sinas e espadas
São penas mandadas por nosso Jesus
Tu és nesta vida o fiel penitente
Um pobre inocente no banco do réu.
Caboclo não guarda contigo esta crença
A tua sentença não parte do céu.
O mestre divino que é sábio profundo
Não faz neste mundo teu fardo infeliz
As tuas desgraças com tua desordem
Não nascem das ordens do eterno juiz
A lua se apaga sem ter empecilho,
O sol do seu brilho jamais te negou
Porém os ingratos, com ódio e com guerra,
Tomaram-te a terra que Deus te entregou
De noite tu vives na tua palhoça
De dia na roça , de enxada na mão
Caboclo roceiro, sem lar , sem abrigo,
Tu és meu amigo, tu és meu irmão.
Menino de Rua
Patativa do Assaré
Menino de Rua, garoto indigente
Infanto Carente,
Não sabe onde vai
Menino de Rua, assim maltrapilho
De quem tu és filho
Onde anda o teu pai?
Tu vagas incerto não achas abrigo
Exposto ao perigo
De um drama de horror
É sobre a sarjeta que dormes teu sono,
No grande abandono
Não tens protetor
Meu Deus! Que tristeza! Que vida esta tua
Menino de Rua,
Tu andas em vão
Ninguém te conhece, nem sabe o teu nome
Com frio e com fome
Sem roupa e sem pão
Ao léu do desprezo dormes ao relento
O teu sofrimento
Não posso julgar,
Ninguém te auxilia, ninguém te consola,
Cadê tua escola,
Teus pais, teu lar?
Seguindo constante teu duro caminho
Tu vives sozinho
Não és de ninguém
Às vezes pensando na vida que levas
Te ocultas nas trevas
Com medo de alguém
Assim continuas de noite e de dia
Não tens alegria
Não cantas nem ri
No caos de incerteza que o seu mundo encerra
Os grandes da terra
Não zelam por ti
Teus olhos demonstram a dor, a tristeza,
Miséria, pobreza
E cruéis privações
E enquanto estas dores tu vives pensando,
Vão ricos roubando
Milhões e milhões
Garoto eu desejo que em vez deste inferno
Tu tenhas caderno
Também professor
Menino de Rua de ti não me esqueço
E aqui te ofereço
Meu canto de dor
caricatura: http://grupodeestudo10.blogspot.com.br/2010/09/vida-de-patativa-do-assa.html |
Sites de Patativa do Assaré:
http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/p01/p010388.htm
http://www.fisica.ufpb.br/~romero/port/ga_pa.htm
http://www.releituras.com/patativa_poetclassicos.asp
http://www.e-biografias.net/patativa_assare/
http://www.revistaforum.com.br/blog/2012/11/patativa-do-assare-e-do-mundo/
http://www.tanto.com.br/Patativa.htm
http://www.infoescola.com/biografias/patativa-do-assare/
http://cordel-band2010.blogspot.com.br/2010/08/patativa-do-assare.html
http://www.luizberto.com/repentes-motes-e-glosas/quatro-poemas-de-patativa-do-assare-2
Vídeos sobre Patativa do Assaré
https://www.youtube.com/watch?v=-K0wyhzBTOg
https://www.youtube.com/watch?v=OCWScZc2mzY (Entrevistado por Jô Soares, SBT/1993)
http://cinema.uol.com.br/ultnot/2009/05/21/ult26u28331.jhtm
Patativa do Assaré - Ave Poesia filme de Rosemberg Cariry (84 minutos)
Sinopse:
O filme aborda a vida e a obra do poeta Patativa do Assaré, destacando a relevância dos seus poemas, o significado político dos seus atos e a sua imensa contribuição à cultura brasileira. Dono de um ritmo poético de musicalidade única, mestre maior da arte da versificação e com um vocabulário que vai do dialeto da língua nordestina aos clássicos da língua portuguesa, Patativa do Assaré é a síntese do saber popular versus saber erudito. O poeta consegue, com arte e beleza, unir a denúncia social ao lirismo. No ano de 2001, Patativa do Assaré foi escolhido como um dos mais importantes cearenses do século 20.
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terça-feira, 27 de maio de 2014
Felicidade / Sylvia Orthof
(...) um buraco no jardim (BELA) |
cavado pelo cachorro (CHAMP) |
que tanto gosta mim (ROQUE) |
FELICIDADE
Sylvia Orthof
Quentinho pão estalado,
manteiga do derretido,
um bom-dia ensolarado,
um nunca ter te esquecido,
uma casa lá na serra,
um buraco no jardim
cavado pelo cachorro
que tanto gosta mim,
um chinelo bem usado,
uma estrela pra se olhar,
na vida simples do mundo
é tão bom se lambuzar!
Quantas grades e gaiolas
trancam nossa liberdade?
|
Contagem
Sylvia Orthof
Você já contou estrelas?
E nuvens? E passarinhos?
Já contou quantos dedinhos
têm os pés da centopéia?
Já contou quantas histórias
cabem dentro das idéias?
Já pensou quantas bestagens
podem ser inteligentes?
Já contou quantos gemidos
cabem numa dor de dente?
Já pensou quantas mentiras
escondem certa verdade?
Quantas grades e gaiolas
trancam nossa liberdade?
Sylvia Orthof Gostkorzewicz (* 1932 + 1997)
Sites sobre Sylvia Orthof
https://www.facebook.com/SylviaOrthof
https://sites.google.com/site/sylviaorthof/
http://beija-flor-beija-flor.blogspot.com.br/2009/10/sylvia-orthof.html
http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=847
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/literatura/0040_05.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADlvia_Orthof
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Sylvia Orthof
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