Brincar com sons
Juntar letras
Formar palavras
Descobrir a sonoridade e o nome de tudo
Que está no mundo
nas coisas
no pensamento.

Ler é tão bom!

Poder viajar
Conhecer mundos de ontem
de hoje
de amanhã.
Imaginar.
Criar.
Sonhar.
A leitura permite isso e muito mais
Pois ler é tão bom!

terça-feira, 3 de julho de 2012






Já conhecia o Encontro de Literatura Infanto Juvenil da FAFIRE. Em cinco edições anteriores, das quinze edições, estive como ouvinte, inclusive nas que contaram, em anos diferentes, com as participações brilhantes de Pedro Bandeira e de Elias José. Mas este ano foi especial porque estive participando como ouvinte e oficineira. A oficina Nós, contadores de histórias, fluiu interativa, com uma boa frequência e participação. Gostaria de socializar no blog, mesmo depois de tanto tempo, a pauta, os textos usados e de apoio para produção das atividades propostas. E, ainda, um dos textos produzidos por um dos grupos, com os desenhos que ilustraram a releitura da parlenda escolhida (Era uma bruxa / À meia-noite / Em um castelo mal-assombrado / com uma faca na mão / Passando manteiga no pão). Mesmo sem autorização do jovem que fez os desenhos e os entregou no final da oficina, creio ser interessante incluir nas memórias, na expectativa, quem sabe, de creditar a autoria.
À FAFIRE parabéns pela realização do 15º Encontro de Literatura Infanto Juvenil – diversidade cultural e formação cidadã. Ao PMBFL-Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores, através de seu coordenador Conrado Falbo, à época, o agradecimento pelo convite.




FAFIRE-Faculdade Frassinetti do Recife
15º Encontro de Literatura Infanto Juvenil: Diversidade cultural e formação cidadã

DIA 19/05/2011 (18h30 às 21h30)
Oficina 1 (sala B-201 - 2º andar - PÓS): Nós, contadores de histórias
Thelma Regina Siqueira Linhares (Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores)
(www.thelmaregina.blogspot.com)
(www.construindopasargada.blogspot.com e www.construindopasargadaa.wordpress.com)


Justificativa
Nós, contadores de história é uma das oficinas da programação do 15º Encontro de Literatura Infanto Juvenil, da FAFIRE e traz a marca do PMBFL-Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores. O ato de contar histórias, marca a trajetória da humanidade. Antes, figuras rupestres e oralidade. Depois, diferentes linguagens, em povos e civilizações que buscavam firmar-se e perpetuar-se culturalmente, através da escrita. Agora, sem limites, um mundo globalizado e midiático. E o ato de ler, de contar histórias se reinventa, sempre. Preciso, às vezes, um olhar diferenciado, um descobrir-se contador/a de histórias, na família, no trabalho, nos diferentes contextos sociais, na vida. (Re)descobrir-se contador/a de histórias, portanto, é preciso.


Objetivo geral:
Sensibilizar os/as participantes sobre a importância da contação de histórias para formação do/a leitor/a em diferentes situações e contextos sociais.

Objetivos específicos
* Estimular o/a participante da oficina a perceber-se como contador/a de histórias.
* Realizar atividades práticas com contação de histórias, individual e em grupos.

Conteúdos
* importância do/a contador/a de histórias;
* o ato da leitura: alguns chavões;
* algumas dicas para um/a bom/boa contador/a de histórias;
* pequeno acervo de literatura infanto juvenil;
* algumas manifestações do folclore infantil (cantigas de roda, parlendas, travalínguas e adivinhações);
* alguns poemas na temática animal;
* leitura de imagem.


Dinâmica das atividades
* Acolhimento: breve autoapresentação (o mar no meu nome) (5’)
* Breve apresentação dos participantes (descobertas nos próprios nomes) (15’)
* Contação de história: A sacola de couro (5’)
* Leitura compartilhada: 7 chavões para o dia do leitor (15’)
* Texto que anda: grupos de até 6 participantes (40’)
1- Era uma vez... (a partir de 5 elementos da ambientação, escolhidos pelo grupo)
2- Era uma vez... (a partir de 5 palavras escolhidas entre 10)
3- Era uma vez... (a partir de um travalíngua)
4- Era uma vez... (a partir de uma cantiga de roda)
5- Era uma vez... (a partir de uma adivinhação)
6- Era uma vez... (a partir de poemas)

* Em telefone sem fio: Conta de novo a história da noite em que eu nasci (15’)
* Leitura compartinhada: Algumas dicas para uma boa contação de histórias (10’)
* Nós contadores de histórias. Em grupos de até 5 participantes, escolher um dos livros disponibilizados, para leitura para contação para o grande grupo. (40’)

* vídeo: VIDA MARIA (10’)
* Avaliação escrita do encontro: Que bom! Que pena... Que tal? (‘5)

Bibliografia
A galinha ruiva / recontada por Elza Fiúza; ilustrada por Leninha Lacerda. São Paulo : Moderna, 1996.
Ao pé das fogueiras acesas: fábulas indígenas brasileiras / recontos de Elias José; ilustrado por André Neves. – São Paulo : Paulinas, 2008.
Bicos quebrados / Nathaniel Lachnmeyer ; ilustrações Robert Ingpen ; tradução de Marina Colasanti. – 3. ed. – São Paulo : Global, 2007.
Conta de novo a história da noite em que eu nasci / Jamie Lee Curtis; ilustrações Laura Cornell ; traduzido por Clô Franklin. – 2ª ed. – São Paulo : Salamandra, 2005.
Contos de enganar a morte (narrativas populares, recolhidas e recontadas por) / Ricardo Azevedo; ilustrações Ricardo Azevedo. – 1ª ed. – São Paulo : Ática, 2005.
Mania de explicação / Adriana Falcão; ilustrações Mariana Massarani. – São Paulo : Moderna, 2011.
O amigo do rei / Ruth Rocha; ilustrações de Cris Eich. – São Paulo : Salamandra, 2009.
O cantor prisioneiro / Assis Brasil; ilustrações Rogério Borges. – 2 ed. – São Paulo : Moderna, 2004. – (Coleção Girassol).
O menino Nito: então, homem chora ou não? / Sonia Rosa; ilustrações Victor Tavares. – 3. ed. – Rio de Janeiro : Pallas, 2006.
Outros contos africanos para crianças brasleiras / Rogério Andrade Barbosa; ilustrações Maurício Veneza; - 2. ed. – São Paulo : Paulinas, 2008. (coleção árvore falante).
Sete histórias para contar / Adriana Falcão; ilustrações Ana Terra; - São Paulo : Moderna, 2008.
Imagens da Infância e outros poemas / Thelma Regina Siqueira Linhares; ilustrações: Mariana Pitanga. Recife: Ed. Bagaço, 2010.



A sacola de couro - 7 chavões do dia do leitor - http://peterosagae.blogspot.com

thelMARegina
Thelma Regina Siqueira Linhares

encontrei o mar
brincando com meu nome
... sereia... eu?!



FAFIRE-Faculdade Frassinetti do Recife
15º Encontro de Literatura Infanto Juvenil: Diversidade cultural e formação cidadã

Oficina 1: Nós, contadores de histórias
Thelma Regina Siqueira Linhares (Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores)
(www.thelmaregina.blogspot.com)
(www.construindopasargada.blogspot.com e www.construindopasargadaa.wordpress.com)


A sacola de couro (*)
Era uma vez um menino que adorava ouvir histórias antes de dormir. A cada noite, um criado enchia sua imaginação de fadas, bruxas, dragões, etc. O pequeno dormia feliz, exausto por vivenciar tantas aventuras, nas quais, com certeza, era sempre ele o herói, o vencedor. O menino era egoísta e, por mais que os amigos pedissem, não lhes recontava as histórias ouvidas. O tempo passou, o criado envelheceu, o menino cresceu e não quis mais saber de histórias. Eram outros os seus interesses, então. Já rapaz, apaixonou-se e quis casar. Um dia antes do casamento, o velho empregado foi ao quarto do noivo, ajudá-lo nos preparativos. Com surpresa, ouviu ruídos estranhos que vinham de um saco há muito esquecido atrás da porta. Veio-lhe à memória que aquele era o saco onde ficavam guardados os espíritos de todas as histórias que ele contava ao garoto, agora rapaz. Prestou atenção e ouviu que os espíritos das personagens que eram más planejavam uma vingança mortal aquele que, por egoísmo, manteve-os presos por tanto tempo. Os espíritos das personagens boas, por medo, mantinham-se calados. Usando de toda a sua experiência e sabedoria, o velho destruiu cada uma das armadilhas preparadas para o rapaz, matando até uma cobra escondida no quarto do jovem casal. A cobra foi o último recurso usado pelos espíritos maus em sua vingança contra o egoísta que os prendera durante tanto tempo. O criado contou então a todos sobre a vingança dos espíritos das histórias, esquecidos presos na velha sacola. Agradecido por ter sido salvo, o rapaz prontamente acreditou no que ouvira e, arrependido, prometeu que, de ora em diante, contaria muitas histórias. A cada história contada, os espíritos presos eram libertados para, felizes, povoarem a imaginação de outras pessoas.
(*) Recontado por Zette Bonaventure no livro O que conta o conto? (Editora Paulus).


Algumas dicas para uma boa contação de histórias

* Organizar um acervo pessoal, diversificado e atraente;
* Escolher a história a partir do encantamento que lhe causa, considerando o público ouvinte;
* Realizar leituras prévias da história, quantas vezes achar necessário;
* Ambientar o local da roda de leitura, tornando-o agradável e aconchegante;
* Falar com naturalidade e pausas, usando a linguagem de forma simples;
* Utilizar gestos, sons e entonações, mas sem exageros;
* Usar recursos auxiliares se necessário, mas priorizar o texto;
* Observar o tempo da história e, em caso de interrupção, usar criatividade e improviso;
* Fazer uso, frequentemente, da leitura deleite, em especial literatura em diferentes gêneros;
* Recontar alguns fragmentos do texto;
* Solicitar sugestões sobre como agir diante de um conflito da história;
* Potencializar a narração, tomando-a inesquecível e emocionante para o/a ouvinte.
A formação do/a leitor/a passa pela literatura!

http://www.dobrasdaleitura.com
http://peterosagae.blogspot.com
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
7 chavões para o Dia do Leitor
Ao longo do trabalho desses anos todos, seria inevitável não bater com algumas ideias sobre os apuros e as incertezas do leitor. O prazer de ler é para mim uma decorrência, um efeito durante ou duradouro, findo o que nos foi dado pelo texto. E hoje, Dia do Leitor, retiro do baú sete circunstâncias que traduzi numa linguagem de jargão, lema ou aforismo para aulas, palestras, oficinas, a cada instante que sentia o dever de negociar conceitos sobre o que é (e como) ler, especialmente um texto lúdico e literário. Reencontro esses improvisos nas anotações para cursos de literatura infantil, semântica e estilística, semiótica do texto... Reencontro agora a imagem dos meus pensamentos na tela de Albert Anker, 1893. Será que você também os vê?

Ler é despertar o texto do silêncio. Rotineiramente, na prática da leitura em voz alta, mania que vem do rádio, do gosto por áudio-ficção, pela necessidade de ouvir canções. Ou mesmo através de nossa imaginação sonora. Vozes chovem na mente de quem lê, tão ou mais límpidas que nos ouvidos de quem ouve. Cada texto tem um tempo para ser pronunciado, o ritmo e a respiração do autor. Na prosa, na poesia. Ler é buscar o diferente. Porque já estou em relação com o outro e os outros. Na leitura literária, vale o estranhamento sobre aquilo que não fui, nem serei, onde não estive, nem chegarei, não fosse aberta uma passagem meio às letras (e das ilustrações também). Ler é trabalho. Atividade intelectual, uma enxada, uma dificuldade, um contrato sem direito a férias antecipadas. Somente depois de consumidas suas forças, virá o voo, a viagem. Ler é reler. Conseqüência: jamais se deixar convencer por uma leitura só do texto. A leitura é a contingência de um jogo de sincronias (no qual, a palavra ‘r-e-l-e-r’ me revela o propósito de ir e vir sobre um texto), num lance não linear. Ler é transar com o texto. Dar trânsito aos sentidos, antes de tomar posse do enredo, personagens, estrofes, aliterações, uma, várias ou interpretação nenhuma. Ler é combinar textos. E não apenas verbais. Ler é desarmar-se. Para viver.



TRAVALÍNGUAS
O rio Capibaribe foi descapibaribado. Quem o descapibaribou foi o descapibaribador.


Quero que você me diga 5 vezes encarrilhado. Sem errar sem tomar fôlego: Vaca preta boi pintado.


Lá em cima daquela serra tem uma jarra e dentro da jarra uma aranha.
A aranha arranha a jarra e a jarra arranha a aranha.


Um tigre, dois tigres, três tigres.


Se o papa papasse papa se o papa papasse pão seria o papa papão.



CANTIGAS DE RODA
Alecrim dourado
Que nasceu no campo sem ser semeado...
Foi meu amor que me disse assim
Que a flor do campo é o alecrim
Alecrim dourado...


Atirei o pau no gato to
Mas o gato to
Não morrreu reu reu
Dona Chica ca
Admirou-se se
Do berro do berro que o gato deu: MIAU


O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
A rosa despedaçada.


Pai Francisco entrou na roda
Tocando seu violão delém dém dém delém dém dém
Vem de lá seu delegado
Que pai Francisco entrou na prisou
Quando ele vem se requebrando parece um boneco se desmanchando.


A barata diz que tem tem tem
Um anel de formatura
É mentira da barata
Ela tem a casca dura
Rá rá rá – ela tem a casca dura.



ADIVINHAÇÕES
* Por que o Joãozinho não fez a lição de casa?

* Que tem 8 letras e tirando a metade ainda ficam 8?

* Qual é a palavra de 3 letras que ao tirarmos 2 nomes de mulher ainda sobram 5 letras?

* Quem fala errado, a Mônica ou o Cebolinha?

* O que é, o que é... que faz o mês de maio ficar maior?

* O que é o que é?
Cai no chão e corre deitada?



PARLENDAS
Era uma bruxa
À meia-noite
Em um castelo mal-assombrado
com uma faca na mão
Passando manteiga no pão.

Dedo mindinho,
Seu vizinho,
Pai de todos,
Fura bolo,
Mata piolho..



Meio dia,
Panela no fogo,
Barriga vazia.
Macaco torrado,
Que vem da Bahia,
Fazendo careta,
Pra dona Sofia.


Papagaio luoro
Do bico dourado
Leva essa cartinha
Pro meu namorado
Se tiver dormindo
Bate na porta
Se tiver acordado
Deixe o recado.

O Macaco foi á feita
Não sabia o que comprar
Comprou uma cadeira
Pra comadre se sentar
A comadre se sentou
A cadeira escorregou
coitada da comadre
foi parar no corredor



POESIAS                                                                                                                                            Porquinho-da-Índia / Manuel Bandeira
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração eu tinha
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos, mais limpinhos,
Ele não se importava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
- O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.


Três atos / Thelma Regina Siqueira Linhares

Roubando o osso
da cesta de lixo...
TICO ladrão.

Assustando a cena
da casa em festa...
TICO leão.

De novo amável
e amigável...
TICO, meu cão.


Pombinha da mata / Cecília Meireles
Três meninos na mata ouviram uma pombinha gemer.
"Eu acho que ela está com fome", disse o primeiro,"e não tem nada para comer."
Três meninos na mata ouviram uma pombinha carpir.
"Eu acho que ela ficou presa",disse o segundo,"e não sabe como fugir."
Três meninos na mata ouviram uma pombinha gemer.
"Eu acho que ela está com saudade",disse o terceiro,"e com certeza vai morrer."


Passarinho fofoqueiro / José Pedro Paes

Um passarinho me contou
que a ostra é muito fechada,
que a cobra é muito enrolada,
que a arara é uma cabeça oca,
e que o leão marinho e a foca..
xô, passarinho! chega de fofoca!



A pega do boi / Ascenso Ferreira

A rês tresmalhada
ouviu na quebrada,
soar a toada,
de alguém que aboiou:
— Hô — hô — hô — hô — hô,
Vaá!
Meu boi Surubim!
Boi!
Boiato!

E, logo espantada,
sentindo a laçada,
no mato embocou...

Atrás, o vaqueiro,
montando o "Veleiro"
também mergulhou...

Os casco nas pedras
davam cada risco
que só o corisco
de noite no céu...

Saltaram valados,
subriam oiteiros,
pisaram faxeiros
e mandacarus...

Até que enfim...
No Jatobá
do Catolé,
bem junto a um pé
de oiticoró,
já do Exu
na direção...

— O rabo da bicha reteve na mão!

Poeiriço danado e dois vultos no chão)
.......................................

Mas, baixa a poeira,
a res mandingueira
por terra ficou...

E um grito de glória
no espaço vibrou:

— Hô — hô — hô — hô — hô,
Váá!
Meu boi Surubim!
Boi!
Boiato!


O pássaro cativo / Olavo Bilac

Armas, num galho de árvore, o alçapão
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dás-lhe então, por esplêndida morada,
Gaiola dourada;

Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos e tudo.
Por que é que, tendo tudo, há de ficar
O passarinho mudo,
Arrepiado e triste sem cantar?
É que, criança, os pássaros não falam.

Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender;
Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem
Este cativo pássaro dizer:

"Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que voar me viste;
Tenho água fresca num recanto escuro

Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
Tenho frutos e flores
Sem precisar de ti!

Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola,
De haver perdido aquilo que perdi...
Prefiro o ninho humilde construído

De folhas secas, plácido, escondido.
Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pombas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes? Solta-me, covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade!
Não me roubes a minha liberdade...
Quero voar! Voar!

Estas cousas o pássaro diria,
Se pudesse falar,
E a tua alma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição,
E a tua mão tremendo lhe abriria
A porta da prisão...






(Produção coletiva de texto, reescrita de parlenda)

Era uma vez uma bruxa muito bonita mas muito triste, porque não tinha ninguém para conversar, pois ela vivia num castelo mal-assombrado.
Voava de lá e para cá em sua vassoura mágica assustando criancinhas que passavam em frente de seu castelo.
Mas não era sua intenção assustar as crianças. Ela só estava com a faca na mão porque estava procurando a manteiga para passar no pão.

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