Brincar com sons
Juntar letras
Formar palavras
Descobrir a sonoridade e o nome de tudo
Que está no mundo
nas coisas
no pensamento.

Ler é tão bom!

Poder viajar
Conhecer mundos de ontem
de hoje
de amanhã.
Imaginar.
Criar.
Sonhar.
A leitura permite isso e muito mais
Pois ler é tão bom!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

APRENDIZAGENS COMPARTILHADAS - Conto: Aprendendo com a Mãe Natureza


Que surpresa! Outro dia recebi um grande envelope na GBFL. Ao abrí-lo me deparei com a produção de textos e desenhos sobre o conto Aprendendo com a Mãe Natureza, que publiquei, primeiramente no site wwww.usinadeletras.com.br (em 2002) e depois na Antologia de Contos de Autores Contemporâneos - volume 5 - da CBJE (em 2004 numa versão revisada). Havia deixado uma cópia impressa com Maria do Rosário, após participação na Semana Literária 2009, na Escola Municipal Almirante Soares Dutra, no final de outubro. Ela, então, trabalhou com os/as estudantes do Ciclo 2 - Ano 2, sua turma, e teve a delicadeza de enviar-me a produção. Agora, socializo a versão das crianças na web, aguardando os comentários e inaugurando no blog socializandoleituras.blogspot.com a coluna APRENDIZAGENS COMPARTILHADAS.
Atividade vivenciada no Ciclo 2 - Ano 2 - Profª Maria do Rosário
Conto: Aprendendo com a Mãe Natureza



Transcrevo, a seguir, os textos procurando conservar a estética e a própria escrita das crianças.








APRENDENDO COM A MÃE NATUREZA (*)
Thelma Regina Siqueira Linhares

Naquele trecho, à beira da estrada, a vida transcorria tranqüilamente.
Era manhã de verão e uma leve brisa fazia-se sentir sob o sol, já quente, nas primeiras horas do dia.
Os pássaros, principalmente pardais, faziam a festa. Num gorjear alegre, entre saltitos e banhos de areia, disputavam com rolinhas e sibitos, insetos e outras guloseimas.
Gramas e flores campestres davam colorido e frescor àquela paisagem um pouco castigada pelo rigor de mais um verão.
Tudo na mais perfeita harmonia.
Até o exato momento em que um toco de cigarro foi atirado ao léu.
Daí em diante foi, literalmente, o inferno.
A vegetação, ressecada pelo sol de verão, foi favorecendo focos de fogo... que logo se alastraram. Vorazes. Queimando tudo ao redor e lançando mais línguas de fogo, estrada à fora.
Tudo ardeu!...
Tudo queimou!...
Ficou no ar um cheiro forte e triste de queimado. Cheiro e visão de morte.
E que mortandade!
Formigas.
Centopéias.
Minhocas.
Lagartixas.
Gafanhotos.
Abelhas.
Borboletas.
Pardais. Rolinhas. Sibitos.
Sem contar as diferentes espécies de gramas, matinhos e plantas campestres.
Aquele ecossistema estava atingido mortalmente.
Grande era a extensão da devastação.
Mortal devastação!
Felizmente, dois dias depois, caiu uma boa chuvinha de verão fazendo o verde e a vida voltar aquele espaço.
A natureza sempre nos dá lições de esperanças e recomeços...
Até a próxima ponta de cigarro, irresponsavelmente, ser atirada ao léu...

(*) versão da web: www.usinadeletras.com.br / T / Thelma Regina Siqueira Linhares